Bonito é lindo – Revista Viaje Mais n. 28

Bonito nunca foi um lugar muito fácil de chegar. Mesmo de avião, é preciso encarar os mais de 300 quilometros de asflato que a separam de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, onde fica o aeroporto mais próximo. Mas isso não quer dizer que seja um lugar aonde não vale a pena ir. Ao contrário. Pergunte a qualquer pessoa que já tenha ido para lá e você ouvirá respostas do tupo “lindo”, “maravilhoso”, “espetacular” e por aí afora. Apesar do acesso complicado.

Os passeios são estupendos. Mas é preciso reservá-los com antecedência. Veja a reportagem!

Essa história de acesso difícil, no entanto, deve começar a mudar já a partir do mês que vem, quando será oficilamente inaugurado o aeroporto local. Com isso, uma viagem de São Paulo para lá poderá durar pouco mais de uma hora – já pensou? Os preços dos pacotes também devem cair, porque o novo aeroporto eliminará os gastos com o transporte desde Campo Grande, embora seja pouco provável que as grandes companhias aéreas se interessem em manter vôos para lá, especialmente fora das férias.

Primeiro, porque a infra-estrutura da região já é quase tão impressionante quanto à transparência de suas águas. Os passeios e as trilhas demarcadas surpreendem até os estrangeiros. Além disso, a população local tem total consciência do paraíso em que vive e parece saber como preservá-lo.

O programa típico da região é tomar banhos de cachoeira ou soltar-se nos rios e ficar um bom tempo boiando e admirando a paisagem subaquática. É como fosse um aquário, mas com você dentro. No Brasil, não há nada parecido. No mundo, o que chega mais próximo são algumas atrações de Cancun – tanto que Bonito é informalmente chamada de Cancun brasileira. A região tem águas de Caribe, mesmo estando a mais de 1.000 km da praia mais próxima – e ao lado do pantanal.

Mas Bonito, não tem só rios, onde você interage o tempo todo com a natureza. A região possui ainda grutas, cachoeiras e oferece passeios divertidíssimos de bote e bóia-cross. E a melhor forma de curtir tudo isso é fazer um programa de cada tipo – até porque você não terá tempo para ver tudo o que existe por lá numa só viagem.

Alguns deles, no entanto não devem faltar no seu roteiro. Como a Gruta do Lago Azul e a flutuação no Rio da Prata. Também merecem o seu tempo – e dinheiro! – o passeio de bote pelo Rio Formoso, que está longe de oferecer as emoções de um rafting de verdade, mas garante boa diversão, e as cachoeiras da Estância Mimosa, uma fazenda onde tudo funciona bem e que não cobra muito pelo passeio. Ali as trilhas pela mata (leves e fáceis até para crianças) sempre conduzem a deques, na boca das cachoeiras. É caminhar e mergulhar, caminhar e mergulhar. Se você for cedo, ainda chegará a tempo de almoçar na fazenda mesmo e provar uma deliciosa comida caseira, feita em fogão a lenha.

Revista Viaje Mais por menos – N. 28 Setembro 2003

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